Somente e só
quando não estou sozinho
perto do ninho
me reconheço nos traços
nos olhos
nas rugas
dos que são meus.
Na vontade de querer rir
preencho-os de risos falsos
os amigos falsos
de falsos risos.
Na ânsia de satisfazer
uma vontade que
as vezes nem é minha
transbordo-me de bem estar
de um bem que
ainda não reside em mim
Finjo que são amigos
que são próximos
mas é tudo mentira.
Corja de covardes, malvados.
Depravadores da boa fé
Vis e cruéis
com seus diálogos repletos de subtendidos.
Venenosos, crápulas
dejetos de si mesmos.
"Eu vomito em todos vocês."
Vomito meu ódio disfarçado
em brindes de saúde.
Vomito meu desgosto com boas noites
que são desagradáveis de dizer.
Regojito meu desprezo
em forma de abraços inúteis para pessoas inúteis de consolo e força.
Excreto do meu corpo
de maneira sutil
minha íra
meu rancor
minha dor
meu odor
marco território
e espero a noite passar...
Engulo tudo que foi dito
no final da noite
mastigo
suavemente
degusto
pedaço por pedaço
faço a digestão
e começo meu ritual diabólico de tratar as pessoas
que são apenas carne de consumo
com carimbos de frigoríficos.
Abato uma por uma
e semelhante a uma raposa
espreito
e deixo a vista, exposto,
todos,
que tentam me fazer acreditar nelas
como elas dizem ser,
e como um símbalo que ressoa
Brado
nestas linhas maleficentes
todo o meu desagrado.
Wellington Carneiro.
21:25 - 11/02/2012.
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domingo, 12 de fevereiro de 2012
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