Emito meus badalos longínquos no ar
E o vento anuncia na tarde a findar
Uma adoração de velhas orações
Que a muito se repete entre os aldeões.
Abro minhas portas seculares.
Entrais em mim silenciosas,
Simples e com mãos calosas
Em gesto de cruz fazem o seu benzer.
E olhando pro alto os olhos fitos a enaltecer
Estendem suas mãos nos meus altares.
Recebo a promessa com zelo
E os joelhos nos meus tijolos é o elo
Entre os homens simples de coração
E divina marcha vespertina da devoção
Caminha adentro de mim e tomam-se seus lugares
Véus de renda, vestidos marrons e leques frívolos
Meus querubins miram de cima
Na busca de entender os pupilos
O porquê daquela sina
O motivo é a rotina.
Wellington Carneiro.
Algumas imagens...
quinta-feira, 1 de março de 2012
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