SAUDADE
Saudade
não sei de quê
Mas
sinto
Sinto
porquê é saudade
E
porque é saudade finjo
E
finjo porque é melhor.
Lá
fora tudo é falsidade
E cá
no meu sertão
Tudo
é verdade
É
verdade que sofro
Que
gemo
E
choro.
Choro
porque a saudade
Faz
morada no meu coração.
Saudade
não sei de quê
Nem
de onde,
Mas
quero senti-la.
Dentro
de mim
Profundo
e denso
Murmurando
Cantarolando
velhas canções
Da
minha gente
Da
minha terra
Hostil
por natureza
Mas
que abraça a todos
Como
os braços de uma mãe amorosa.
Sempre
a espera do filho
Que
retorna com as boas novas.
E
pródigo como filho que volta a sua morada
É a
saudade que retorna ao meu coração
Acendendo
o braseiro
Coberto
de cinzas
E
basta um sopro
Suave
e gentil
Para
que o fogo ainda aceso torne-se vivo e crepitante.
Vivo
ainda é a saudade que vai e volta em meu coração.
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