RETORNO
Já é
tempo de voltar
Tempo
de olhar para trás e refazer o caminho
Toda
a estrada percorrida
E
sentir os mesmo desejos
Os
mesmos anseios
E
saber que tudo é ciclo
Tudo
volta ao que era
Ser
o é
Já
não basta
Nem
o sendo contem a essência
O que
foi nos completa
Pois
tudo volta ao que era.
Sou
não o é
Porque
deste não posso falar
Só
concebo o que foi
Não
posso anteceder o aqui
O
agora.
Sucedendo-lhe
Em
incansáveis pulos de tempos
Arqueado
o ponteiro do relógio
Para
que não perca a noção
Do
onde estou
Quem
eu sou
E
como eu deveria ser
E
onde deveria estar.
E
quando retornei ao meu principio
Sentei
E
chorei.
Vi
que poucos amigos eu fiz
Poucos
amores eu vivi
E
muita pouca bondade executei
Sobrevivi
mais do que vivi.
E
morri muitas vezes
Muitas
vezes
E
sempre retornava
Pra
nasce e morrer no mesmo instante.
Instante
único e mórbido
De
criação e destruição.
E
como numa grande roda da vida
Eu
giro
E
giro mais forte e me deixo assim
Tonteado
de começos e fins intermináveis.
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