Aprediz
Há tempos venho procurando
Entender o que deveria ser entendido
E há tempos venho percebendo
Que há tempos já havia morrido
Assim, nesse sentindo
Pareça-lhes que eu de carne havia morrido
Mas foi a parte alma
Que calma já não encontrava
Perdeu seu sentindo
E tendo apenas um zunido
Como estrela a ser seguida
Seguiu
No entanto, não viu
E logo no tijolo seguinte
A latidas zunidas do coração
Eram amiúdes e sem som.
Latejava-lhe apenas o rancor
O ódio cortante que dilacerou o coração
E o deixo apenas com um zunido
Sem som
Sem música.
Assim, não tive tempo de entender.
Minha alma era daquelas sensíveis a tudo
Não resistiu as intemperes do mundo cruel.
Logo se aboletou nos sentidos do sentimentos.
Por isso não aprendi nada
Não tive tempo
O arado das terras dos sentidos é longa
Não tive tempo para chorumelas petrolificadamente
industrializada.
Por isso apenas passei pelo mundo,
Sem aprender muito desse mundo.
Esqueci-me de pentear o cabelo,
De como se faz a barba
Não sei mais o que são sedas
Tudo desaprendi quando olhei para além deste mundo.
Wellington Carneiro
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