PARA O ÍNDIO DE CAETANO
Espero-te ainda vermelho índio
Na tua nave luminosa e colorida
Baixar no meu terreiro e abrir sua porteira celestial.
Desfibrilar sobre nós tuas flechas vaporizadas
De energias cósmicas, com setas incandescentes.
Que irão ferir meu orgulho e minha selvageria.
Assim, aguardo silenciosamente o contemplar dos teus
penachos
Multicoloridos, adornais e agudos.
E quando chegares emitira um canto tribal
Que meus ouvidos não suportarão ouvir
E então, começara a repovoar esta terra de gigantes minúsculos.
Fará então sua oca sob os corpos mortos e nos deixará
Como argamassa assentindo por nós como um sinal de
justiça.
Dançará por dias em cima dos ossos e o farão cal
Com os farelos que sobrarem.
Caiarão seus corpos
Fingirão que são brancos
Para lembrar estes povos que massacraram você e sua tribo.
Repetirão o ritual todos os anos
Como sinal de lembrança dos tempos obscuros.
Vocês serão outros Muhammed Ali,
Serão Bruce Lee
Serão Ghandi...
Todos de pele vermelha
Corpos nus
E penas na cabeça.
Wellington Carneiro
19/04/2013
14:04 hs...
Nenhum comentário:
Postar um comentário