UMA
POESIA QUE SE DIRÁ PORNOGRÁFICA
O
amor, a paixão, o romance, a lua, as flores, o coração
São
todos esperados numa poesia por aqueles que entendem poesia
Como
melosidade, como romance, como um sentimento profundo...
Não
que a poesia não seja isso também,
Mas
prefiro outro lado, um lado mais humano.
Gosto
de versar sobre paus, bucetas, cus, corpos, suor, pentelhos,
Músculos,
merda, gala, gritos, gemidos, espasmos, ranger de dentes,
Embriagues,
sobriedade, devaneio, loucura, insanidade, coisas pútridas, decapitadas,
Em
decomposição, cadáveres, sexo, drogas e rock’n roll.
Gosto
de versar a humanidade escancarada,
Sem
moral, sem religião, sem conceitos...
Apenas
humanidade.
No
entanto, por que me questionas?
Queres
saber qual a minha poesia?
Em
que te preocupas as lascívias dos meus versos?
Todos
somos paus, bucetas e cus.
Um
querendo comer ao outro.
Sempre
será assim, até o dia da extinção humana.
Todos
nós vivemos como insetos em torno da luz forte que é o sexo.
Não
sou pornográfico, sou humano e não temo a minha humanidade.
Se
me categoriza como tal,
O
que posso fazer a não ser agradecer por mais um predicado.
Sou
libertinus
E
vivo o meu corpo
Os
meus medos,
Os
meus desejos,
As
minhas taras...
Só
passarei por este torrão de terra apenas uma vez.
Não
vou cair na besteira de esperar a gozada suprema do paraíso.
Gozo
aqui mesmo.
E
se ei de pensar num paraíso, prefiro pensar num inferno,
Me
atrai o calor das labaredas infernais.
Quentes,
borbulhantes como uma banheira de sais me esperando pelo coito
com
alguns espectros malignos.
Não
me sinto promiscuo,
Pois
estas leis que me categorizam com tal, não pertencem a mim.
Vós
que lerdes este tipo de poema e pratica tais atos maravilhosos é que são.
Eu
sou apenas humano.
Minha
lei é outra,
Minha
lei é a vida.
Minha
lei é a palavra socada de garganta a dentro como um pau engolfado de saliva
Por
uma boca quente e macia.
Deixo
sempre a palavra penetrar em mim, em movimentos constantes
Friccionais...
Até
o gozo.
No
final, defeco em cima de tudo isso
E
coprofagicamento
Engulo
toda essa merda de volto como lei
Uma
lei a ser seguida
E
sempre que quero relembrar minha humanidade
Leio
essa porra de poema...
Wellington
Carneiro 18/04/2013
11:21
hs...
Nenhum comentário:
Postar um comentário