ONÍRICO
Para muitas idas e vindas
da vida em movimento
E das coisas da vida,
Das pessoas da minha vida,
Dos livros da minha vida,
Dos homens da minha vida,
Me resta uma angustia no
peito,
Um friúme na barriga,
Um olhar marejado,
Um caminho a ser seguido
E que é escuro por não saber
aonde vai dá.
O Tempo, que é amiga
inquietação,
Combinaram juntos sobre as
coisas da minha vida
E decidem de uma vez por
outra
Brincar de marionete como
meu espetáculo particular.
Apresentam-me pessoas,
amores, dores e situações.
Que propositadamente não
estão sob meu controle.
Daí eu percebo as
gargalhadas incessantes do senhor do mundo: o tempo.
Ele ri das minhas burrices,
dos meus pileques,
Das minhas loucuras, dos
meus discursos, dos meus amores tolos
E depois junta tudo isso
ele me apresenta como um filme retro nos meus
sonhos acordados.
Vislumbro situações, fodas,
a minha casa, a minha geladeira e o meu sofá.
No dia seguinte, acordo
ainda entusiasmado com o devaneio
E no segundo seguinte o
Tempo me joga um balde de água gélida.
Ele diz: Acorda menino
sonhador, ainda falta muito até você chegar no final da estrada.
Até lá, o que me conforta
são as madrugadas embaladas pela ilusão de Gaya
E as minhas poesias cheias de realização não
concluídas!
Chico Carneiro
08/07/2013
11:29 hs...
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